Projects
Project 1
- Our first Colab Notebook here
This project is related with the step News and Impact on price and volatilities dynamics
Project 2
This project aims to find how and why the corn prices flows down for the zero in 2024-jun-16.
MERCADO GLOBAL DE ARROZ ENFRENTA FORTE VOLATILIDADE EM JUNHO DE 2024
Preço do Arroz Marca Zero no Gráfico em 16 de Junho: Erro Técnico ou Anomalia no Mercado?
O Yahoo Finance, uma plataforma amplamente utilizada para acessar dados financeiros, cotações em tempo real e gráficos históricos, apresentou um dado intrigante sobre as variações do preço do arroz. No dia 16 de junho de 2024, o preço do alimento foi registrado como zero. Essa informação incomum levanta questionamentos sobre sua origem, com duas possíveis explicações: um erro técnico na plataforma ou uma anomalia no mercado de commodities.
Erro Técnico
Especialistas sugerem que a hipótese de um erro técnico não deve ser descartada. Falhas em plataformas financeiras podem ocorrer por problemas no endpoint, parâmetros incorretos ou dificuldades relacionadas ao processamento de dados por meio de APIs. Vale destacar que a data em questão cai em um domingo, dia em que muitos mercados permanecem fechados, o que pode ter gerado inconsistências nos registros.
Anomalia no Mercado de Commodities
Por outro lado, o mercado de commodities agrícolas, como o arroz, vive constante volatilidade devido a fatores como mudanças climáticas, safras impactadas, variações na demanda global e problemas logísticos. Em junho de 2024, os preços globais do arroz apresentaram um leve aumento de 0,5%, mas começaram a cair na metade do mês. Esse movimento foi impulsionado pela redução na demanda internacional e pelo aumento na oferta de exportação.
Além disso, previsões otimistas de produção nos principais países asiáticos indicaram um aumento global de 2% em relação ao ano anterior, contribuindo para a queda dos preços. No Brasil, o avanço no plantio da nova safra e a realização de leilões governamentais com valores abaixo dos registrados anteriormente pressionaram as cotações.
A tendência de baixa continuou nos meses seguintes, com os preços internacionais atingindo, em novembro, o menor patamar em seis meses. A combinação de uma oferta crescente e um cenário positivo de produção nos principais produtores asiáticos intensificou a queda no mercado global.
Conclusão
Embora o registro de preço zero no dia 16 de junho tenha causado estranheza, a hipótese mais plausível é a ocorrência de um erro técnico na plataforma, devido à falta de movimentação no mercado nesse dia. Ainda assim, a volatilidade observada no mercado global de arroz durante o período reflete tendências de oferta e demanda, com a expectativa de safras robustas influenciando significativamente a queda nos preços. É essencial que plataformas financeiras revisem suas metodologias de coleta de dados para evitar informações equivocadas que possam confundir investidores e analistas.
Appendix
Gráfico feito pela plataforma Yahoo finance
REFERÊNCIAS
Por: Gabrielly dos Santos Mateus da Rosa, Rodrigo Hermont Ozon e Ricardo Vianna.
Project 3
Cenário recente dos preços do milho, soja e CBOT em Julho de 2025
Autores: Gabrielly dos Santos Mateus da Rosa, Rodrigo Vermont Ozon e Ricardo Vianna
Data: 2025-07-25
No final de julho de 2025, os preços do milho e soja na CBOT atingiram seu menor nível combinado pela inflação desde 2006, refletindo em expectativas de oferta numerosas nos Estados Unidos e grande concorrência do Brasil.
O milho fechou ao torno de US$ 3,99/Bushel, enquanto a soja se dispôs perto de US$ 9,99/Bushel, ambos acumulando quedas mensais e semanais.
Inesperadamente, os Estados Unidos mostraram exportações recordes do milho (2,75 bilhões de Bushels) no período de 2024-2025, mesmo que a China esteja quase fora do mercado movida por volumes crescentes do Brasil.
Em contrapartida, a soja encontra suporte na demanda doméstica: A produção do óleo vegetal para biocombustíveis pode bater recorde (~15,5 bilhões de libras) nos anos de 2025-2026, estimulada por políticas de incentivo.
ATUALIDADE E FATORES QUE MOLDAM O CENÁRIO
Milho (CBOT):
Na virada de junho, as cotações caíram para mínimas de seis meses, em torno de US$ 4,20/bu, e voltaram a rondar US$ 4,50/bu com previsões de calor intenso no Corn Belt.
O Crop Watch da Reuters projeta rendimento de 184 bu/acre, acima da tendência do USDA, mas aponta vulnerabilidade do milho na polinização se julho terminar muito quente e danos localizados por tempestades.
Apesar de um corte de 50 milhões de bushels nos estoques finais no último WASDE, o USDA manteve o preço médio projetado da safra 25/26 em US$ 4,20/bu, sinalizando conforto na oferta global.
Mesmo com a retração chinesa (‑79% YoY), as exportações americanas seguem históricas, sustentando firmeza em contratos mais curtos.
Soja (CBOT):
Tocou piso de três meses em US$ 10,32/bu no início de julho e ensaia reação técnica.
Pequim suspendeu licenças de três tradings dos EUA e reduziu compras, pressionando prêmios.
O deslocamento da demanda para biodiesel (esmagamento projetado recorde de 2,54 bi bushels) garante suporte parcial.
A soja depende ainda mais das chuvas de agosto, análises mostram forte conexão entre precipitação nesse período e rendimento final.
OUTROS FATORES QUE AUMENTAM A VOLATILIDADE
Organização e frete
O nível baixo do rio Mississipi aumenta o frete fluvial e reduz o “basis” em regiões de produção, tendo a possibilidade de de tirar milhões em receita dos agricultores
No Brasil, as chuvas e geadas atrasam a colheita da 2° safra de milho, conservando oferta doméstica alta, mas ampliando exportações, pressionando spreads CBOT-FOB.
Fundos e fluxos Globais
Os fundos seguem com moderada posição vendida em grãos e oleaginosas, porém reduziram rapidamente o “Net short” antes do pico climático, deixando espaço para movimentos rápidos de cobertura caso o clima piore.
POSSÍVEIS CENÁRIOS PARA OS PREÇOS
Clima favorável e Oferta abundante: Milho deve oscilar em US$ 4,10-4,60/bu e soja em US$ 10-11/bu.
Impacto Climático (calor ou seca): Cada perda de ponto percentual do milho pode subir o milho em 25-30 cent/bu; seca em agosto pode fazer com que a soja eleve acima de US$ 11, 50/bu.
Dificuldades logísticas persistentes: O basis negativo e fretes mais caros apertam o preço interno recebido, no entanto podem ampliar spreads exportadores e até beneficiar prêmios em portos brasileiros.
Demanda interna por biodiesel: Expansões de mandatos nos Estados Unidos garantem amparo parcial para o óleo de soja, fortificando spreads “oilshare” e beneficiando a soja mesmo se as exportações caírem.
Afastamento da China: Preserva um teto para rallies, uma eventual desaceleração comercial estimularia a demanda rapidamente, gerando alta expressiva.
CONCLUSÃO
Os preços do milho e da soja estão pressionados agora, muito por causa da expectativa de safra grande nos EUA e pela queda das compras da China. Mesmo assim, o mercado continua super sensível: se o clima apertar as lavouras ou se continuar difícil de escoar pelo Mississippi, os preços podem reagir rápido.
Além disso, a demanda interna nos EUA para biodiesel deve ajudar a segurar as quedas, principalmente na soja, que depende bastante disso.
Ou seja: nas próximas semanas, tudo deve girar em torno do clima no Corn Belt, da logística e de qualquer sinal de melhora na relação comercial entre EUA e China. E pra quem faz hedge ou acompanha de perto, vale mais ficar de olho no basis (diferença entre preços locais e futuros) e nos dados diários de exportação do que só olhar a cotação na tela.
REFERÊNCIAS
https://www.reuters.com/markets/commodities/chicago-corn-soybeans-sink-effective-19-year-lows-2025-07-16/
https://www.reuters.com/markets/commodities/crop-watch-yield-threats-still-possible-despite-near-ideal-season-2025-07-14/
https://soygrowers.com/news-releases/july-2025-wasde-a-mixed-bag-for-soy-markets/
https://www.reuters.com/markets/commodities/usda-rundown-record-us-corn-exports-us-biofuel-boom-2025-07-13/
https://www.ers.usda.gov/topics/crops/soybeans-and-oil-crops/market-outlook
https://www.agricultureofamerica.com/2025/04/01/estimating-the-impact-of-low-mississippi-river-levels-on-soybean-basis-in-the-midsouth